Vale da Trave, protesto contra o mau estado da estrada

Numa iniciativa tomada por um grupo de uma dezena de residentes do Vale da Trave foi realizado este Domingo, dia 16 de Maio, um protesto contra o estado actual dos acessos que servem a nossa terra.
Como porta-voz desse grupo, Henrique Cordeiro, diz que o protesto representa o sentimento da população face aos últimos acontecimentos, nomeadamente:



1. A falta de manutenção da estrada durante o período dos festejos do Vale da Trave;
2. A realização de trabalhos de manutenção contratualizados pela Câmara sem qualquer efeito, para além do gasto de dinheiro do erário público;
3. Actuação diferenciada relativamente à manutenção da estrada entre a Junta de Freguesia da Abrã, que assegura a manutenção da estrada, e a Junta de Freguesia de Alcanede, que não assegura a manutenção da estrada alegando que essa competência passou para a Câmara Municipal;
4. A existência recentemente de um acidente com a quebra da suspensão do veículo;
5. O descrédito na informação dos representantes políticos das autarquias que prometendo a resolução do problema a curto prazo, não conseguem assegurar uma data.
O protesto consistiu numa “plantação de diversas espécies arbustivas autóctones” nos buracos da estrada, sendo que algumas delas são “ervas defumadoras” utilizadas tradicionalmente para afastar o azar e o “mau-olhado”, fazendo analogia com o facto do Vale da Trave ser conhecido como a Terra das Ervanárias.
Durante o dia muitas foram as pessoas, utentes da estrada, que percorreram o trajecto assinalado com a vegetação que foi ali colocada, tendo sido esta respeitada. Nos cafés da aldeia foi tema de conversa o apoio manifestado por residentes das Barreirinhas, que alegam a necessidade de alargar o protesto até aquele lugar, dada aí a estrada estar igualmente muito degradada.


A Assembleia de Compartes do Baldio do Vale da Trave identifica-se com o descontentamento da população, apesar de compreender que face às dificuldades financeiras da autarquia a resolução poderá não ser imediata. Apela, por isso, que haja alguma serenidade e paciência por parte da população.

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