Quercus quer impedir mais parques eólicos nas Serras de Aire e Candeeiros
"A associação ambientalista Quercus quer que sejam proibidos novos parques eólicos no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) devido aos seus impactos, admitindo que pode estar comprometido o estatuto de área protegida.
“A Quercus considera que deve ser interditada a instalação de novos parques eólicos, devido aos impactes associados”, sustenta a associação no parecer emitido no âmbito da discussão pública da revisão do plano de ordenamento do PNSAC, que termina terça-feira. Segundo a associação, os impactos decorrem da “abertura de novos acessos, fragmentação de habitats e mortalidade de espécies da fauna ameaçadas de extinção”, como é o caso de morcegos ou da gralha-de-bico-vermelho.
“Devem apenas ser permitidos projectos de microgeração para o aproveitamento das energias renováveis”, defende a Quercus, lembrando que “a possibilidade de instalação de novos parques eólicos é algo que contradiz as orientações definidas no Plano Sectorial da Rede Natura 2000”.
O presidente do Núcleo do Ribatejo e Estremadura da Quercus, sediado em Ourém, afirmou hoje que o plano dá “enorme relevância a algumas actividades económicas como é o caso do sector da extracção de inertes”. “Fica-se com a sensação que, com o rol extenso de artigos, estamos na presença de um plano sectorial para regulamentar o sector da indústria extractiva da pedra calcária”, disse Domingos Patacho a este propósito.
Ao invés, o ambientalista entende que “algumas espécies da flora e da fauna com distribuição restrita ou com estatuto de conservação desfavorável mereciam regras de protecção mais eficazes e objectivas”. O dirigente adiantou que no parecer da Quercus ao plano de ordenamento é sugerida a integração de “um artigo que defina uma área-tampão ou pré-parque como existe em outros países, constituída por uma faixa de 500 metros contíguos aos limites do PNSAC”.
Para o responsável, neste corredor, “actividades susceptíveis de afectar áreas naturais importantes para a conservação de habitats ou de espécies com estatuto de conservação desfavorável” deveriam estar sujeitas a parecer do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.
Domingos Patacho considerou ainda que a proposta de plano de ordenamento pode colocar em causa a manutenção do estatuto de área protegida, devido às propostas de novos parques eólicos e aos impactos cumulativos que terão juntamente com as centenas de pedreiras existentes do Parque Natural."
21.11.2009 - Agência Lusa
“A Quercus considera que deve ser interditada a instalação de novos parques eólicos, devido aos impactes associados”, sustenta a associação no parecer emitido no âmbito da discussão pública da revisão do plano de ordenamento do PNSAC, que termina terça-feira. Segundo a associação, os impactos decorrem da “abertura de novos acessos, fragmentação de habitats e mortalidade de espécies da fauna ameaçadas de extinção”, como é o caso de morcegos ou da gralha-de-bico-vermelho.
“Devem apenas ser permitidos projectos de microgeração para o aproveitamento das energias renováveis”, defende a Quercus, lembrando que “a possibilidade de instalação de novos parques eólicos é algo que contradiz as orientações definidas no Plano Sectorial da Rede Natura 2000”.
O presidente do Núcleo do Ribatejo e Estremadura da Quercus, sediado em Ourém, afirmou hoje que o plano dá “enorme relevância a algumas actividades económicas como é o caso do sector da extracção de inertes”. “Fica-se com a sensação que, com o rol extenso de artigos, estamos na presença de um plano sectorial para regulamentar o sector da indústria extractiva da pedra calcária”, disse Domingos Patacho a este propósito.
Ao invés, o ambientalista entende que “algumas espécies da flora e da fauna com distribuição restrita ou com estatuto de conservação desfavorável mereciam regras de protecção mais eficazes e objectivas”. O dirigente adiantou que no parecer da Quercus ao plano de ordenamento é sugerida a integração de “um artigo que defina uma área-tampão ou pré-parque como existe em outros países, constituída por uma faixa de 500 metros contíguos aos limites do PNSAC”.
Para o responsável, neste corredor, “actividades susceptíveis de afectar áreas naturais importantes para a conservação de habitats ou de espécies com estatuto de conservação desfavorável” deveriam estar sujeitas a parecer do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.
Domingos Patacho considerou ainda que a proposta de plano de ordenamento pode colocar em causa a manutenção do estatuto de área protegida, devido às propostas de novos parques eólicos e aos impactos cumulativos que terão juntamente com as centenas de pedreiras existentes do Parque Natural."
21.11.2009 - Agência Lusa
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