Câmara de Santarém não avança com as obras na EN 362



No dia 18 de Janeiro o Mirante online noticiava que “O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), admitiu na última reunião do executivo que não tem dinheiro para avançar nos tempos mais próximos com a reestruturação do troço da Estrada Nacional (EN) 362 entre Santarém e Alcanede, numa distância de cerca de 30 quilómetros”.
Os munícipes e o setor produtivo das freguesias do Norte do concelho foram, mais uma vez, prejudicados.

A passagem da competência desta estrada para a Câmara aconteceu em Julho de 2008, via protocolo assinado pelo então Secretário de Estado (na altura Paulo Campos), Estradas de Portugal e Câmara Municipal de Santarém a troco de qualquer coisa como 3,6 milhões de euros.

 O que nos leva a questionar onde foi gasto esse dinheiro? Na região ou na cidade de Santarém?

A hegemonia da cidade de Santarém na alocação dos recursos financeiros da autarquia sobre a restante área do concelho é por demais evidente e tem vindo a acentuar-se nesta conjuntura de crise. Infelizmente, os responsáveis políticos locais concelhios, não vêem, ou não querem ver, que a cidade de Santarém tem muito mais a ganhar se estiver harmonizada com a restante área do concelho do que o contrário. O empobrecimento da parte rural do concelho origina naturalmente um enfraquecimento da cidade de Santarém, dada a sua posição geografia descentrada no concelho. Por isso, as boas acessibilidades à sede de concelho são um factor determinante na relação entre a cidade e as áreas rurais do concelho. Porque, na falta delas, as áreas periféricas procurarão nas sedes dos concelhos vizinhos aquilo que lhes é dificultado em Santarém.


Perde o concelho e perde a cidade de Santarém.

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