Vale da Trave – indignação total no cemitério

A campa do Sr. Joaquim Carpinteiro esteve durante onze dias por tapar. A família está indignada e o caso foi notícia na edição do dia 5 de Janeiro no jornal diário do Correio da Manhã:

“O coveiro da Junta de Freguesia de Alcanede, Santarém, foi de férias de Natal e deixou uma sepultura por tapar com terra até ontem, segundo a família do defunto, que está bastante indignada.

A filha do defunto, Ema Paula Carpinteiro, contou ao CM que o caixão "esteve 11 dias coberto apenas com dois palmos de terra, que se transformou em lama barrenta por causa do mau tempo". Joaquim Carpinteiro, de 75 anos, faleceu no dia 24 de Dezembro e foi a enterrar no dia de Natal, para o Cemitério de Vale da Trave. "Como chovia, até compreendemos que o coveiro não tenha acabado o serviço nessa tarde", explica Ema Carpinteiro. Dias mais tarde "uma pessoa amiga telefonou à minha mãe a dizer que a sepultura continuava por tapar e que as flores estavam espalhadas pelo cemitério. Viemos cá ver no dia de Ano Novo e nem queríamos acreditar". Ema Carpinteiro pediu satisfações ao presidente da Junta de Freguesia de Alcanede e queixa-se de ainda ter sido tratada com indiferença.

Manuel Vieira, presidente da junta, negou que a sepultura tenha ficado por tapar. "A campa abateu dois, três palmos por causa da chuva", explicou, lamentando o facto de a família "ser pouco compreensiva". Sobre as férias do coveiro, o autarca disse que o funcionário nem sequer gozou os dias todos por causa do número de funerais que teve de realizar”.

Fonte: Correio da Manhã
Foto: João Nuno Pepino

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