Plano de desenvolvimento rural para serras de Aires e Candeeiros

Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural participa em sessão de trabalho em S. Bento – Porto de Mós

Rui Barreiro, Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, esteve presente, dia 20 de Janeiro, numa sessão de trabalho sob o mote “Estratégia de Desenvolvimento do Património Natural, no âmbito da Biodiversidade, do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros”, em S. Bento, Porto de Mós, juntamente com várias entidades ligadas a esta temática – ICNB, Direcção Geral de Veterinária, Comité Nacional do Leite, Governo Civil de Leiria e de Santarém, Juntas de Freguesia e Associações pertencentes ao Parque Nacional das Serras de Aire e Candeeiros, tendo o Conselho Directivo do Baldio do Vale da Trave sido convidado para o evento.

A reunião foi organizada pela Câmara Municipal de Porto de Mós e pela Câmara Municipal de Alcanena, com o objectivo de apresentar uma estratégia de desenvolvimento integrado nas áreas da agricultura, pastorícia, produção animal, ambiente, economia e turismo, com vista ao crescimento da região.

Após a apresentação da estratégia, os trabalhos seguiram com a visita às áreas de intervenção, nomeadamente, à Queijaria “ Agro Ferreira & Valente, Lda.”, sediada em S. Bento e à Queijaria “ Lacticínios Santos Costa Lda.”, localizada na Serra de Santo António.

Até agora, esta é uma ideia apenas embrionária mas da qual já se conseguiram frutos. Uma equipa técnica será organizada e ficará responsável pela elaboração de um plano de actuação concreto e escrito, pela definição das questões protocolares e angariação de entidades colaboradoras, numa primeira fase, que deverá ser apresentada num futuro próximo.

O principal objectivo do projecto é a implementação de uma gestão estratégica integrada que assenta na formação de uma entidade que seja mediadora e um auxiliar, a diferentes níveis, junto das áreas produtivas referidas. Segundo um dos oradores “a busca pela sustentabilidade, ou viabilidade económica, social e ambiental no longo prazo, é a nossa meta”.

Adaptado de Portomosense

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Plano de desenvolvimento rural para serras de Aires e Candeeiros
O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural defendeu a importância do plano de desenvolvimento rural para o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros para potenciar os produtos locais e fixar a população.

«O plano deve garantir investimentos que permitam criar riqueza e combater o êxodo rural», afirmou à agência Lusa Rui Barreiro no final de uma visita aos concelhos de Alcanena e Porto de Mós, municípios que estão a liderar um plano estratégico para valorizar os recursos endógenos da área protegida.

Segundo o governante, a iniciativa intermunicipal, que pode ser estendida a outros concelhos cujo território integra o Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros (PNSAC), passa por criar condições para o desenvolvimento de actividades que são já consideradas «tradicionais» naquela região, como a pecuária e a produção de azeite ou de queijos.

Admitindo que em áreas protegidas «há sempre condicionalismos», Rui Barreiro realçou, contudo, que «não há parque natural que resista sem manter, no seu seio, população», considerando que «é possível, como é desejável, uma sã convivência entre o ambiente e outras actividades desenvolvidas pela população».

O secretário de Estado anunciou a disponibilização de dois técnicos das direcções regionais de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo e do Centro, assim como de um elemento da Direcção-geral de Veterinária (DGV), para acompanhar e apoiar o plano de desenvolvimento rural.

«Esta região tem uma paisagem única, que é uma das suas riquezas, mas temos de criar condições para que outras riquezas ajudem à criação de emprego e à fixação de população», sublinhou Rui Barreiro.

O presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, João Salgueiro, adiantou à Lusa que a criação do plano de desenvolvimento rural resultou «da necessidade de valorizar os produtos regionais e as tradições» que existem na serra.

«Por exemplo, a pecuária teve grande importância no passado, mas mantém ainda alguns bons núcleos», declarou, admitindo ser possível «a criação de condições para que produtos como a carne, o azeite ou o queijo venham a ter denominação de origem».

Segundo o autarca, com essa classificação «acrescenta-se valor aos produtos da serra», aumentando a sua rentabilidade. «Articulando com as direcções regionais, com a DGV, com o Instituto de Conservação da Natureza, penso que vamos conseguir potenciar tão importantes produtos para a economia local», acrescentou João Salgueiro.

Fonte: Lusa

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